Conversas de café.
Hoje estive de folga... a ajudar um amigo num café. O filho dele está adoentado e a "maria" dele ficou em casa a tomar conta do "crianço"... com uma razão destas, quem diz que não?
Entre alguns incidentes cómicos devido à minha extensa experiência neste ramo (sei tirar imperiais com muito colarinho e cafés quase queimados), ouvi uma conversa entre este meu amigo, e um cliente habitual já depois da hora de jantar, e perto da hora de fechar:
Cliente: (inconsolável e bêbado, aliás, muito bêbado!) So'um dexgraçado sem sorte nenhuuma na vida!...
Dono do café: Oh, homem! É lá agora um desgraçado! Tem emprego, tem casa...
Cliente: Ninguém gosta d'mim! Você neim sabe qual é o meu tarabalho, hmmm?
Dono do café: Sei que é funcionário público, mas não sei o que...
Cliente: Eu tarabalho nos impostes! Tarabalho numa reparatição de finanças!
Dono do café: (olhando para mim de lado) Isso não é mot...
Cliente: (cabisbaixo) Ando na rua ninguém me dirigue a palavra!
Dono do café: Mas daí a desgraçado... você vive bem. Não se pode queixar!
Cliente: (exaltando-se) Você naum sab'o qu'diz!
Dono do café: Você veste bem, tem casa, carro e duas filhas lindas!
Cliente: (lavado em lágrimas e aos berros) Neim nisso tiv'sorte! Na minha casa... duas filhas... três rameiras!
Não há nada tão verdadeiro como o álcool... foi coisa que sempre disse.
1 Reparações:
in vino veritas
tretas, é mais in vino aproveita pra abusar
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